2º MB
A NECESSIDADE DO AMOR.
Formas de amor
Amor erótico
Amor fraterno
O amor é suplementar
Em tudo o que se observa na natureza, percebem-se as forças de atração e repulsão. No átomo, por exemplo, a força de atração o mantém em permanente movimento em direção a outro átomo, na busca eterna de novas combinações moleculares.
O amor e a sociedade narcísica.
O narcisismo revela a incapacidade de relação amorosa autêntica. O narcisista só se interessa por quem alimenta a imagem engrandecida e envaidecida que ele faz de si mesmo-o eu idealizado, narcísico. Como esse eu não corresponde a nenhuma pessoal real, as relações narcísicas são superficiais e insatisfatórias. O narcisista é contraditório: precisa do outro para manter sua autoimagem, mas não consegue relacionar-se amorosamente com ele.
A sociedade contemporânea, individualista, sem espírito comunitário e dependente do consumo, desenvolve condições para que o narcisismo aflore. As propagandas investem nos indivíduos, alisando-lhes o ego e tratando-os como onipotentes e merecedores de ver todos os seus desejos satisfeitos.
O AMOR É UM APELO
Vida sem amor é morte, porque só o amor pode criar o homem como sujeito, dando origem ao mundo humano.
Filosofia
Amor
O amor é a preocupação ativa pela vida e crescimento daquilo que amamos. Onde falta essa preocupação ativa não há amor. O amor é uma atividade, e não um afeto passivo; é um “erguimento” e não uma “queda”. De modo mais geral, o caráter ativo do amor pode ser descrito afirmando-se que o amor, antes de tudo, consiste em dar , e não em receber. Que é dar? Embora pareça simples a resposta a esta pergunta, ela em verdade é cheia de ambiguidades e complexidades. O equívoco mais vastamente espalhado é o que entende que dar é “abandonar” alguma coisa, ser privado de algo, sacrificar. A pessoa cujo caráter não se desenvolveu além da etapa da orientação receptiva, explorativa, ou amealhadora, experimenta o ato de dar dessa maneira. Dar é mais alegre do que receber; não por ser uma privação, mas porque, no ato de dar, encontra-se a expressão de minha vitalidade. Na esfera humana, que dá uma pessoa a outra? Dá a si mesma, do que tem de mais precioso, dá de sua vida. Isto não quer dizer sacrificar sua vida por alguém, mas que lhe dá aquilo que em si tem de vivo; dê-lhe a sua alegria, de seu interesse, de sua compreensão, de seu conhecimento, de seu humor, de sua tristeza – de todas as expressões e manifestações daquilo que vive em si. Dando assim de sua vida, enriquece a outra pessoa, valoriza-lhe o sentimento de vitalidade ao valorizar o seu próprio sentimento. Não dá a fim de receber; dar é, em si mesmo, requintada alegria. Mas, ao dar, não pode deixar de levar alguma coisa à vida da outra pessoa, e isso que é levado à vida reflete-se de volta no doador; ao dar verdadeiramente, não pode deixar de receber o que lhe é dado de retorno. Dar implica fazer da outra pessoa também um doador e ambos compartilham da alegria de haver trazido algo à vida. No ato de dar, nasce algo, e ambas as pessoas envolvidas são gratas pela vida que para ambas nasceu. O amor é uma força que produz amor; impotência é a incapacidade de produzir amor. Além do elemento de dar, o caráter ativo do amor torna-se evidente no fato de implicar sempre certos elementos básicos, comuns a todas as formas de amor. São eles: cuidado, responsabilidade, respeito e conhecimento.
O amor é a preocupação ativa pela vida e crescimento daquilo que amamos. Onde falta essa preocupação ativa não há amor. O amor é uma atividade, e não um afeto passivo; é um “erguimento” e não uma “queda”. De modo mais geral, o caráter ativo do amor pode ser descrito afirmando-se que o amor, antes de tudo, consiste em dar , e não em receber. Que é dar? Embora pareça simples a resposta a esta pergunta, ela em verdade é cheia de ambiguidades e complexidades. O equívoco mais vastamente espalhado é o que entende que dar é “abandonar” alguma coisa, ser privado de algo, sacrificar. A pessoa cujo caráter não se desenvolveu além da etapa da orientação receptiva, explorativa, ou amealhadora, experimenta o ato de dar dessa maneira. Dar é mais alegre do que receber; não por ser uma privação, mas porque, no ato de dar, encontra-se a expressão de minha vitalidade. Na esfera humana, que dá uma pessoa a outra? Dá a si mesma, do que tem de mais precioso, dá de sua vida. Isto não quer dizer sacrificar sua vida por alguém, mas que lhe dá aquilo que em si tem de vivo; dê-lhe a sua alegria, de seu interesse, de sua compreensão, de seu conhecimento, de seu humor, de sua tristeza – de todas as expressões e manifestações daquilo que vive em si. Dando assim de sua vida, enriquece a outra pessoa, valoriza-lhe o sentimento de vitalidade ao valorizar o seu próprio sentimento. Não dá a fim de receber; dar é, em si mesmo, requintada alegria. Mas, ao dar, não pode deixar de levar alguma coisa à vida da outra pessoa, e isso que é levado à vida reflete-se de volta no doador; ao dar verdadeiramente, não pode deixar de receber o que lhe é dado de retorno. Dar implica fazer da outra pessoa também um doador e ambos compartilham da alegria de haver trazido algo à vida. No ato de dar, nasce algo, e ambas as pessoas envolvidas são gratas pela vida que para ambas nasceu. O amor é uma força que produz amor; impotência é a incapacidade de produzir amor. Além do elemento de dar, o caráter ativo do amor torna-se evidente no fato de implicar sempre certos elementos básicos, comuns a todas as formas de amor. São eles: cuidado, responsabilidade, respeito e conhecimento.
A NECESSIDADE DO AMOR.
Ao tomar Conhecimento de si mesmo como ser capaz de
consciência e liberdade o homem percebeu sua diferença em relação ao restante
da natureza. Passou a sentir a solidão que acompanha a individualidade. Ser um
tomar decisões e responder pela vida são fatos que provocam um sentimento
doloroso de abandono e desamparo, só superado na relação com o Outro. Veja como
Erich Fromm descreve esse estado:
"O homem é dotado de razão; é a vida
consciente de si mesma; tem consciência de si e de seus semelhantes, de seu passado
e das possibilidades de seu futuro. Essa consciência de si mesmo como entidade
separada, a conscIência de seu próprio e curto período de vIda, do fato de
haver nascido sem ser por vontade própria e de ter de morrer contra sua
vontade, de ter de morrer antes daqueles que ama, ou estes antes dele, a
consciência de sua solidão e separação, de sua impotência ante as forças da
natureza e da sociedade, tudo isso faz de sua existência apartada e desunIda
uma prisão insuportável. Ele ficaria louco se não pudesse libertar-se de tal
prisão e alcançar os homens, unir-se de uma forma ou de outra com eles, com o
mundo exterior. "
Dessa necessidade de união nasce o amor. O amor é, pois, o meio procurado e desenvolvido pelo homem para vencer o isolamento e escapar da loucura.
Dessa necessidade de união nasce o amor. O amor é, pois, o meio procurado e desenvolvido pelo homem para vencer o isolamento e escapar da loucura.
O amor é fundamental para o homem e para a
sociedade. Sem amor, o homem torna-se árido, incapaz de encantar-se com a vida
e de envolver-se com os outros. Não se sensibiliza com o abandono dos velhos, a
morte das crianças, a miséria do povo, a poluição e a destruição do Planeta, o
roubo da cidadania, a morte dos ideais. Sem amor não há encontro, não há
diferença; resta a escuridão do individualismo, do ser incapaz de relação.
O que é o amor
Muitas pessoas confundem o amor com a paixão.
Quando estão apaixonadas, julgam estar amando. O amor, porém, é uma vivência
mais ampla, é um modo de ser, de viver, que se conquista gradualmente, à medida
que se desenvolve a sensibilidade para com as outras pessoas. É a capacidade de
descentrar-se, sair de si, ir ao encontro do outro, em uma atitude de zelo e
respeito que nada quer em troca.
Amar é preservar a identidade e a diferença do
outro, sem perder a sua. É estar comprometido com a realização do outro, é
querer seu bem.
O amor é uma força de aproximação, união,
envolvimento e responsabilidade. Ela dinamiza a vida que existe nas pessoas.
Derruba fronteiras, estabelece contatos, partilha.
Ser amoroso é uma característica da personalidade e pressupõe toda uma vivência desde o seio materno. Só quem recebeu amor é capaz de amar.
Ser amoroso é uma característica da personalidade e pressupõe toda uma vivência desde o seio materno. Só quem recebeu amor é capaz de amar.
A capacidade de amar pode expandir-se e atingir um
envolvimento e um compromisso com todos os seres vivos e até mesmo com seres
inanimados. Os movimentos ecológicos atestam gestos de amor de pessoas que
lutam pela preservação da fauna, da flora, das águas e do ar.
No amor há a percepção da inter-relação universal, da fraternidade humana e cósmica.
No amor há a percepção da inter-relação universal, da fraternidade humana e cósmica.
Formas de amor
O amor é uma vivência que se manifesta de várias
maneiras: amor materno, amor paterno, amor pela pátria, amor a si mesmo, amor
erótico, amor a Deus, amor fraterno, amor pela natureza, etc. Aqui nos
limitaremos a tratar do amor erótico e do amor fraterno.
Amor erótico
Quando se fala em amor, pensa-se logo no amor
erótico, na relação homem-mulher, porque essa forma de amor envolve o desejo, a
busca de fusão e desenvolvimento a dois.
O amor erótico pode ser compreendido nos planos biológico, psicológico e filosófico.
O amor erótico pode ser compreendido nos planos biológico, psicológico e filosófico.
Biologicamente, consiste na relação sexual e na
procriação. Essa energia biológica manifesta-se, psicologicamente, em erotismo.
Filosoficamente, exprime-se como busca de unidade, totalidade e comunicação.
E o que é erotismo? É a transformação da energia
sexual, biológica, em energia psíquica, ampliando consideravelmente a
sexualidade. O homem é ao mesmo tempo corpo e psiquismo. As solicitações do
corpo expressam-se também de maneira psíquica, produzindo um progressivo
desdobramento da sexualidade, que passa a manifestar-se em vivências que
aparentemente nada têm a ver com ela, como, por exemplo, na arte, na ciência,
no trabalho, na política e no envolvimento prazeroso com as pessoas e com o
mundo.
O amor erótico é muito forte, porque pressupõe o
retorno do sentimento vivido: é um dar e receber que se manifesta no prazer da
convivência com o outro sexo tanto no plano físico quanto no psicológico.
O amor erótico quer exclusividade, porque os
amantes pretendem ser únicos um para o outro, e reciprocidade, pois buscam
alimentar um no outro o amor que sentem.
Amor fraterno
O amor fraterno é o amor entre irmãos. O
envolvimento fraterno estende-se à humanidade como um todo. Como em qualquer
outra forma de amor, a base do amor fraterno é o amor a si mesmo. A frase
bíblica "Ama o teu próximo como a ti mesmo" e a frase socrática
"Conhece-te a ti mesmo" atestam secularmente esse fundamento. Por
reconhecer-se como um ser dotado de valor e dignidade é que o homem pode
perceber no semelhante características similares que o levam a admirá-Io e a
amá-Io como a um igual.
O amor fraterno possibilita a solidariedade e a
compaixão, buscando o desenvolvimento integral do homem, sua libertação, sua
autonomia. É próprio desse amor não haver dominador nem dominado. Sua principal
característica é o compromisso com o outro. E, por solidarizar-se com o outro,
vendo, nele um irmão, essa forma de amor possui uma conotação política: não
permite a segregação e a discriminação por raça, cor, sexo, credo,
nacionalidade. E movida pelo desejo de justiça, igualdade de oportunidades e
efetivação da dignidade humana: ama a todos sem exclusividade.
O MICROCOSMO DO
AMOR.
A RELAÇAO HOMEM–MULHER
O amor é suplementar
Em tudo o que se observa na natureza, percebem-se as forças de atração e repulsão. No átomo, por exemplo, a força de atração o mantém em permanente movimento em direção a outro átomo, na busca eterna de novas combinações moleculares.
Nas plantas, a força atrativa explode nas cores e
perfumes das flores, preparando-se para a geração dos frutos e sementes.
Entre os animais, essa força se expressa em
rituais, danças e disputas que culminam no acasalamento. No animal, a função
sexual é instintiva; no homem, ela se transforma em erotismo. Um exemplo
notável dessa transformação encontra-se no filme A guerra do fogo. Em
determinado momento, o hominídeo, que tomava sua fêmea em um ritual ainda animal,
é surpreendido por ela: ao girar sobre si mesma, coloca-se numa nova posição,
face a face com seu parceiro, fitando-o nos olhos. No filme, esse gesto
simboliza o primeiro passo para a humanização da relação homem-mulher.
Representa o abandono da genitalidade, do puro instinto, e a conquista da
sexualidade erótica. A mulher, com esse gesto, posiciona-se como igual ao
homem; são parceiros, companheiros que se enriquecem no convívio mútuo:
igualdade humana e diferença de sexos.
A beleza da relação homem-mulher está no encontro
de seres autônomos e independentes em que não há superior e inferior. Muitos
homens apegam-se de tal forma a mulheres, e vice-versa, que acabam criando
relações imaturas, em que a necessidade e a dependência fragilizam a união. Um
procura no outro o que lhe falta ou o que gostaria de ser, em lugar de
desenvolver ao máximo suas próprias potencialidades. O amor é, então, apenas
complementar, quando na verdade deveria ser suplementar.
Narcisismo
Uma sociedade que reforça o individualismo cria condições para a manutenção indefinida do egocentrismo infantil, gerando, com isso, um comportamento patológico e doentio: o narcisismo.
A psicologia distingue duas formas de narcisismo: o primário e o secundário. No narcisismo primário, a criança nos primeiros meses de vida não se distingue do mundo exterior. Forma uma unidade tão completa com a mãe, que não percebe que as necessidades, as carências, estão dentro dela, enquanto a fonte de satisfação está fora, na mãe. Unida com a mãe, sente-se um ser completo e feliz. Aos poucos, começa a perceber que ela é uma pessoa e a mãe, outra. Toma consciência de sua dependência do mundo exterior para a satisfação de suas necessidades. Rompido o vínculo narcisista primário, a criança terá um desenvolvimento satisfatório.
Quando esse rompimento é doloroso e insatisfatório, tem-se o narcisismo secundário. A criança, e mais tarde o adulto, irá fantasiar um pai ou uma mãe onipotentes que se confundirão com seu próprio eu. Imaginar-se-á poderosa e sem necessidade dos outros. Superestimará seu próprio eu (mãe ou pai idealizados) e ficará envaidecida com sua pseudoperfeição. Não poderá, então, interessar-se de verdade pelos outros, simplesmente os usará quando servirem para o enaltecimento de seu "poder" e de suas "qualidades".
Uma sociedade que reforça o individualismo cria condições para a manutenção indefinida do egocentrismo infantil, gerando, com isso, um comportamento patológico e doentio: o narcisismo.
A psicologia distingue duas formas de narcisismo: o primário e o secundário. No narcisismo primário, a criança nos primeiros meses de vida não se distingue do mundo exterior. Forma uma unidade tão completa com a mãe, que não percebe que as necessidades, as carências, estão dentro dela, enquanto a fonte de satisfação está fora, na mãe. Unida com a mãe, sente-se um ser completo e feliz. Aos poucos, começa a perceber que ela é uma pessoa e a mãe, outra. Toma consciência de sua dependência do mundo exterior para a satisfação de suas necessidades. Rompido o vínculo narcisista primário, a criança terá um desenvolvimento satisfatório.
Quando esse rompimento é doloroso e insatisfatório, tem-se o narcisismo secundário. A criança, e mais tarde o adulto, irá fantasiar um pai ou uma mãe onipotentes que se confundirão com seu próprio eu. Imaginar-se-á poderosa e sem necessidade dos outros. Superestimará seu próprio eu (mãe ou pai idealizados) e ficará envaidecida com sua pseudoperfeição. Não poderá, então, interessar-se de verdade pelos outros, simplesmente os usará quando servirem para o enaltecimento de seu "poder" e de suas "qualidades".
O amor e a sociedade narcísica.
O narcisismo revela a incapacidade de relação amorosa autêntica. O narcisista só se interessa por quem alimenta a imagem engrandecida e envaidecida que ele faz de si mesmo-o eu idealizado, narcísico. Como esse eu não corresponde a nenhuma pessoal real, as relações narcísicas são superficiais e insatisfatórias. O narcisista é contraditório: precisa do outro para manter sua autoimagem, mas não consegue relacionar-se amorosamente com ele.
A sociedade contemporânea, individualista, sem espírito comunitário e dependente do consumo, desenvolve condições para que o narcisismo aflore. As propagandas investem nos indivíduos, alisando-lhes o ego e tratando-os como onipotentes e merecedores de ver todos os seus desejos satisfeitos.
A pessoa se sente engrandecida, à medida que
adquire e possui coisas. Não admite mais as frustrações da vida, reagindo a
elas de maneira infantil e destrutiva. A insatisfação permanente, gerada pela
impossibilidade de ter os desejos satisfeitos, segundo as promessas do sistema,
torna as pessoas agressivas e violentas. A violência é a outra forma da
onipotência.
Na sociedade narcísica, quase não há mais lugar para valores como justiça, honestidade e integridade. Vigora a lei do mais esperto, que procura levar vantagem em tudo. Os membros dessa sociedade comportam-se como se estivessem diante das câmeras, representando, buscando o melhor ângulo, exibindo o melhor sorriso, caprichando na performance, porque outra característica da personalidade narcísica é a necessidade constante da admiração alheia. Os elogios dos outros funcionam como um espelho em que o narcisista vê a sua própria imagem refletida. Tudo nessa sociedade transforma-se em espetáculo, inclusive a política.
O desejo permanente de fama, sucesso e beleza levam os indivíduos a temer e rejeitar a velhice; por isso, a eterna juventude é glorificada e a velhice, execrada. Envelhecer é crime.
Na sociedade narcísica, as pessoas são vazias, incapazes de relações profundas e verdadeiras. Daí a quase impossibilidade de amor entre elas. Não deixa de ser sintomático o surgimento da expressão "ficar com alguém". Fique, ao contrário de amar, é o verbo da moda.
Na sociedade narcísica, quase não há mais lugar para valores como justiça, honestidade e integridade. Vigora a lei do mais esperto, que procura levar vantagem em tudo. Os membros dessa sociedade comportam-se como se estivessem diante das câmeras, representando, buscando o melhor ângulo, exibindo o melhor sorriso, caprichando na performance, porque outra característica da personalidade narcísica é a necessidade constante da admiração alheia. Os elogios dos outros funcionam como um espelho em que o narcisista vê a sua própria imagem refletida. Tudo nessa sociedade transforma-se em espetáculo, inclusive a política.
O desejo permanente de fama, sucesso e beleza levam os indivíduos a temer e rejeitar a velhice; por isso, a eterna juventude é glorificada e a velhice, execrada. Envelhecer é crime.
Na sociedade narcísica, as pessoas são vazias, incapazes de relações profundas e verdadeiras. Daí a quase impossibilidade de amor entre elas. Não deixa de ser sintomático o surgimento da expressão "ficar com alguém". Fique, ao contrário de amar, é o verbo da moda.
O AMOR É UM APELO
Vida sem amor é morte, porque só o amor pode criar o homem como sujeito, dando origem ao mundo humano.
O homem é um fazer-se constante, é projeto aberto
ao futuro. E o amor é o apelo que o outro me lança para considerá-lo como
sujeito, como autor de sua própria vida, que deseja comigo construir o inédito,
o novo, que seria impossível criar sozinho. É do encontro entre sujeitos que se
fazem as relações suplementares.
Os demais seres estão no mundo como objetos, como
coisas, e as coisas são determinadas pela soma de suas características.
Considerar o outro como a soma de suas qualidades e defeitos, como algo pronto
e acabado, é enquadrá-Io como objeto e ignorar suas possibilidades. É assim que
se pode rotular o outro e vê-Io como "prostituta".,
"homossexual", "pobre", ..ignorante",
"mulher", "negro", "ladrão",
"criminoso", não respondendo ao olhar que ele lança ao âmago de meu
ser para que eu seja com ele.
Amar é possibilitar ao outro e a mim mesmo o
exercício da liberdade criadora do próprio ser. 0 amor transforma um ser
coisificado, humilhado, oprimido, em um sujeito, pleno de possibilidades.
Se meu olhar pudesse ver no outro não aquilo que a vida e a sociedade dele fizeram, mas olhá-Io em sua subjetividade, haveria a possibilidade de humanização permanente das relações e da sociedade. É o que faz o verdadeiro humanista: dá sempre ao outro e a si mesmo uma nova chance e aposta na humanidade.
Se meu olhar pudesse ver no outro não aquilo que a vida e a sociedade dele fizeram, mas olhá-Io em sua subjetividade, haveria a possibilidade de humanização permanente das relações e da sociedade. É o que faz o verdadeiro humanista: dá sempre ao outro e a si mesmo uma nova chance e aposta na humanidade.
O apelo do outro, assim como o meu apelo ao outro,
é silencioso, raramente traduzido em palavras, é um desvelamento da alma que se
manifesta no olhar e desperta medo, porque o outro me chama sem máscaras com
aquilo que ele é e almeja ser comigo. E eu deverei responder com todo o meu
ser, com o que sou e com o que almejo ser com ele,
0 amor é o mistério que faz com que eu me perca, sem defesas, no outro e o outro em mim, mas, ao nos perdermos um no outro, por sortilégio do amor, nos encontramos e nos transformamos em liberdade e criação.
0 amor é o mistério que faz com que eu me perca, sem defesas, no outro e o outro em mim, mas, ao nos perdermos um no outro, por sortilégio do amor, nos encontramos e nos transformamos em liberdade e criação.
Narcisismo
Narcisismo descreve a característica de personalidade de paixão por si mesmo.
Narcisismo descreve a característica de personalidade de paixão por si mesmo.
A palavra é derivada da Mitologia Grega. Narciso
era um jovem e belo rapaz que rejeitou a ninfa Eco, que desesperadamente o
desejava. Como punição, foi amaldiçoado de forma a apaixonar-se
incontrolavelmente por sua própria imagem refletida na água. Incapaz de levar a
termos sua paixão, Narciso suicidou-se por afogamento.
Freud acreditava que algum nível de narcisismo
constitui uma parte de todos desde o nascimento [1].
Andrew Morrison afirma que, em adultos, um nível
razoável de narcisismo saudável permite que um indivíduo equilibre a percepção
de suas necessidades em relação às de outrem [2].
Em psicologia e psiquiatria, o narcisismo muito excessivo é o que dificulta o individuo a ter uma vida satisfatória, é reconhecido como um estado patológico e recebe o nome de Transtorno de personalidade narcisista. Indivíduos com o transtorno julgam-se grandiosos e possuem necessidades de admiração e aprovação de outras pessoas em excesso.
Em psicologia e psiquiatria, o narcisismo muito excessivo é o que dificulta o individuo a ter uma vida satisfatória, é reconhecido como um estado patológico e recebe o nome de Transtorno de personalidade narcisista. Indivíduos com o transtorno julgam-se grandiosos e possuem necessidades de admiração e aprovação de outras pessoas em excesso.
Os termos "narcisismo" e
"narcisista" são frequentemente utilizados como pejorativos,
denotando vaidade ou egoísmo. Quando aplicado a um grupo social, o conceito tem
relação com o conceito de elitismo.
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