20.9.18

“Orientando eles fazem e bem”. Projetos de Pesquisa na Faculdade Integrada de Araguatins - FAIARA.




Sob orientações de Edivan Sampaio Mendes, pedagogo, especialista em Metodologia do Ensino de História e Geografia, professor da FAIARA – Faculdade Integrada de Araguatins, disciplina Fundamentos e Metodologia do Ensino de Geografia, acadêmicos (as) do 4º período do curso de Pedagogia desenvolveram e apresentaram nesta quarta-feira dia 19 de setembro de 2018 Projetos de Pesquisas relacionados as dificuldades dos alunos das séries inicias do Ensino Fundamental e consequentemente os acadêmicos no que diz respeito ao Ensino e Aprendizagem de alguns temas no tocante a geografia.

Dentre os temas pesquisados pelos acadêmicos destaco:

1.    Meios de orientação através dos Pontos Cardeais;

2.    Conservação dos recursos hídricos no município de Araguatins;

3.    O relevo do município de Araguatins;

4.    As quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno;

5.    Desequilíbrio ecológico da Ilha do Bananal;

6.    Utilização do computador como ferramenta de ensino e aprendizagem da disciplina de Geografia na II fase do Ensino Fundamental.


Durante as aulas foi detectado junto aos acadêmicos do curso de pedagogia dificuldades em relação ao trabalho de vários temas estudados, daí a necessidade de irem a campo em busca de subsídios que pudesse fornecer dados para entendermos os reais motivos que leva os alunos e consequentemente os acadêmicos chegarem a faculdade com dificuldades, por exemplo, em usar os pontos cardeais como ponto de referência/localização.
 
As dificuldades foram várias, desde a elaboração dos projetos de pesquisas, como elaborar um projeto, a escolha dos temas, coleta e seleção de dados, pesquisa de campo dentre outros.

Em relação ao déficit na aprendizagem de Geografia nas séries inicias conforme as pesquisas e o que foi relato pelos acadêmicos vão desde a quantidade reduzida de aulas na disciplina, como formação deficitária dos profissionais que atuam nestas séries, material didático pedagógico insuficiente e ou defasados quanto ao interesse dos profissionais leigos na área.   

Quanto aos acadêmicos do curso de Pedagogia da FAIARA destaco o empenho e esforço destes em buscar minimizar tais dificuldades, uma vez que futuramente estarão em salas de aulas exercendo a profissão com afinco e no momento oportuno estão buscando sanar dificuldades para facilitar o desempenho de suas funções corrigindo o déficit da aprendizagem na disciplina em foco.


 













 

Texto e fotos: Edivanmendes

9.1.18

AMOR, PAIXÃO

                     O coração é o mesmo, mas a forma de manifestar os sentimentos é o que faz a diferença entre o amor e a paixão.
           A paixão é a mãe do sofrimento, já que implica desejo, trazendo a dor por não conseguir o bem do desejo, ou que a idéia seja posta em prática, ou ainda que a pessoa querida seja sua e, tendo conseguido, existirá a dor pelo risco de perder, ou ainda a dor quando perder tudo isto, já que tanto as pessoas, quanto as idéias e objetos, infalivelmente se separarão de nós neste mundo material.
            A partir deste raciocínio, passamos a entender também que a nossa felicidade jamais pode estar calcada em algo que seja exterior a nós,  pois, mais cedo ou mais tarde, perecerá junto com o objeto do desejo, ao passo que a verdadeira felicidade não provém da paixão e sim do amor, já que o amor como sentimento nos une ao eterno, ao cosmo e, consequentemente, a tudo o que existe. Destarte, somente pelo caminho do amor podemos ser felizes e verdadeiramente livres, enquanto pela paixão  tornamo-nos escravos dos bens desejados e infelizes em face da temporalidade dos objetos da paixão.
         “Em geral concebe-se a paixão como um sentimento avassalador. Já o amor é comumente reconhecido como uma emoção que associa entrega, confiança, paz e doação”, explica Camila Aloisio Alves psicóloga e professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis.
         Quando se ama, a entrega e confiança são os guias da relação, que se solidifica através do reconhecimento do outro enquanto sujeito e não como objeto de prazer.
        A psicóloga Camila Aloisio Alves indica ainda que a grande diferença entre amor e paixão pode estar no fato de, no amor, o intento ser o de alimentar uma vida juntos. “No amor, doar e receber afeto permeiam a construção dos relacionamentos”, diz a psicóloga. Já na paixão, a saciedade e o imediatismo são as formas mais evidentes de viver o sentimento.
             O amor Eros. Ele é definido por Platão como um amor ligado à ideia do desejo. Amar alguém, portanto, significa desejar fortemente aquela pessoa.
              “A partir do momento que eu concretizo o desejo, ele deixa de existir e, desta forma, o amor também deixa de existir”. Ou seja, o amor Eros é o desejo por algo ou alguém que desaparece quando é satisfeito.
         O amor Filos. Esse é defendido por Aristóteles como um amor vinculado à ideia de alegria. Amar alguém é sentir-se alegre com a pessoa que você divide a vida e os sentimentos. Significa que o amor só existe quando faz o casal feliz.
         O amor Ágape. Dentro do pensamento cristão, o amor é idealizado pela renúncia. Amar alguém é ter uma atitude de amor com o outro sem esperar nada em troca. “Você simplesmente renuncia em favor do outro, sem esperar o retorno disso”.
        O Filos é o amor que é associado, por exemplo, à amizade. O amor entre irmãos, ao companheirismo que se desenvolve num casal. Porque, dentro do conceito filosófico, você pode perfeitamente amar uma pessoa sem estar apaixonado por ela.
        A paixão independe do amor e vice-versa.


 

FELICIDADE


              “Todos os mortais estão em busca da felicidade, um sinal de que nenhum deles é feliz”.      Balthazar Gracian.

filosofos-famosos-definem-felicidade

          Para Aristóteles, o mais proeminente dos filósofos metafísicos, a felicidade é o maior desejo dos seres humanos. Do seu ponto de vista, a melhor forma de conseguir ser feliz é através das virtudes. Cultive as boas virtudes e alcançará a felicidade.
Segundo Aristóteles, a felicidade é um estilo de vida: o ser humano precisa exercitar constantemente o melhor que tem dentro dele.
           É preciso cultivar também a prudência de caráter e ter um bom “daimon” (boa sorte), para alcançar a felicidade plena. Por isso, a sua tese é conhecida como “eudaimonia”.
          Aristóteles forneceu a base filosófica sobre a qual foi edificada a igreja cristã. Por isso, existe uma grande semelhança entre o que este pensador propôs e os princípios das religiões judaico-cristãs.

        Epicuro era um filósofo grego que teve muitas contradições com os filósofos metafísicos. A diferença entre eles é que ele não acreditava que a felicidade provinha somente do mundo espiritual, mas também tinha muito a ver com as dimensões terrenas.
         Ele fundou a “Escola da Felicidade” e a partir dela chegou a conclusões muito interessantes.
         Ele postulou o princípio de que o equilíbrio e a temperança davam origem a felicidade. Essa abordagem se reflete em uma das suas grandes máximas: “Nada é suficiente para quem o suficiente é pouco”.
         Ele acreditava que o amor, ao contrário da amizade, não tinha muito a ver com a felicidade. Insistia na ideia de que não devemos trabalhar para adquirir bens materiais, mas por amor pelo que fazemos. 
              Nietzsche acreditava que viver pacificamente e sem qualquer preocupação era um desejo das pessoas medíocres e que não valorizam a vida.
        Para ele, “estar bem” graças a circunstâncias favoráveis ou a boa sorte não é felicidade. Isto é uma condição efêmera que pode mudar a qualquer momento.
Estar bem seria uma espécie de “estado ideal de preguiça“, onde não existem preocupações e sobressaltos.
         Em vez disso, a felicidade é força vital, espírito de luta contra todos os obstáculos que restrinjam a liberdade e a autoafirmação.
         Então, ser feliz é ser capaz de provar dessa força vital, através da superação de dificuldades e criando formas diferentes de viver.
               Para Ortega y Gasset, a felicidade é definida quando “a vida projetada” e a “vida real” coincidem. Ou seja, quando a vida que desejamos coincide com o que realmente somos.
          Este filósofo observou que se nos perguntarmos o que é felicidade, encontraremos facilmente uma primeira resposta: a felicidade consiste em encontrar algo que nos satisfaça plenamente.
         Mas, na verdade, essa resposta não faz sentido. O que é esse estado subjetivo de satisfação plena? Além disso, quais são as condições objetivas para que algo consiga nos satisfazer”?
         Todos os seres humanos têm potencial e desejo de ser feliz. Isto quer dizer que cada um define o que irá fazê-lo feliz; se conseguir construir a sua vida de acordo com os seus desejos, será feliz.

Slavoj Zizek e a felicidade como paradoxo

        Este filósofo acredita que a felicidade é uma questão de opinião, e não de verdade; ele a considera um produto dos valores capitalistas que prometem implicitamente a satisfação através do consumo.

       No entanto, o ser humano é um eterno insatisfeito porque na realidade não sabe o que quer.

As pessoas acreditam que se alcançarem algo melhor (comprar uma casa, elevar o seu status, etc), poderiam ser felizes. Mas, na realidade, inconscientemente o seu desejo é outro e por isso permanecem insatisfeitos.
 
E para você, o que é felicidade?




https://amenteemaravilhosa.com.br/filosofos-famosos-definem-felicidade/

O MEDO

         O medo de tomar decisões deriva da insegurança. Quanto mais inseguro, mais medrosa é uma pessoa. Medo de errar, medo de perder, medo de fracassar, medo do desconhecido. Vários medos envolvem a tomada de decisão.
          Biologicamente, sentimos medo como reação natural de preservação da vida. Este medo que nos protege é considerado um “medo bom”, visto que a ausência dele nos deixa expostos à condição de risco. Entretanto, quando ele ocorre de forma exagerada ou irracional, pode nos paralisar, acovardar e roubar nossa liberdade de escolha.
          A filosofia do medo – “igual a este você nunca vai achar” – pode até ser bem intencionada, mas não deixa de ser perversa, uma vez que vem embalada de preocupação e desmerece o estado emocional do outro.
          Ficar prisioneiro do medo é uma forma limitada de levar a vida. Ao nos depararmos com uma situação de insegurança é bom refletirmos à luz da sabedoria do escritor americano Mark Twain: “coragem não é a ausência do medo, e sim o enfrentamento dele”. 
          O medo do dia de amanhã impede que se viva o dia de hoje. “A imprevidência é uma das maiores marcas da sabedoria”, escreveu Epicuro.
          O mundo neurótico em que arrastamos nossas pernas trêmulas de receios múltiplos deriva, em grande parte, do foco obsessivo no futuro. E não estamos falando num futuro paradisíaco, mas num amanhã cheio de trevas e riscos e perdas. Há um sofrimento por antecipação cuja única função é tornar a vida mais áspera do que já é.
          Epicuro, como já foi dito, saldou a imprevidência como um gesto essencial de sabedoria. Volto a ele. Epicuro, numa sentença que o tempo fez antológica, disse que nunca é tarde demais e nem cedo demais para filosofar. Para refletir sobre a arte de viver bem, ele queria dizer. Para buscar a tranquilidade da alma, sem a qual mesmo tendo tudo nada temos a não ser medo, medo e medo. Também nunca é tarde demais e nem cedo demais para lutar contra a presença descomunal e apavorante do futuro em nossa vida. O homem sábio cuida do dia de hoje. E basta.