Araguatins, às margens do Rio Araguaia,
Tranqüilo ou bravio, vento leve
Brisa saudável, que levam os risos e as penas
Das almas serenas.
Cidade encantada, aurora bordada no céu
em que a tarde debruça na ponte
E o pôr-do-sol no horizonte colore o poente...
Seara divina entre verdes florestas
Que embora formosas,
Têm formas discretas.
Aqui o tempo sempre é bonito,
O azul verdejante do pomar da casa,
Em meio aos pés de jambo e carambola,
Jabuticaba e graviola.
Araguatins que tem revoada
Sobreando a faixada da Igreja Matriz,
Cidade em que o povo não foge à batalha,
Que luta... Trabalha... E cumpre o que diz.
Tua beleza desperta o interesse
De poetas de terrenos distintos,
Mas que só o teu povo tem o prazer
De contemplá-la sem pressa.
Nestes 143 anos,
És cenário de artistas,
Cantores da nossa terra ou
Exímios ciclistas.
Araguatins das luas fiandeiras,
De sonhos e brilhos,
Do manto estrelado a adornar sua história,
E nas vozes de seus filhos por teus 143 anos
Louvamos-te e fazemos preces em sua memória.
Sentada no banco ao entardecer
Penso no prazer infinito
De nesta cidade viver.
Escrever-te nestes versos
Realiza-me eu confesso
Porque nasci aqui e
Sonho com teu progresso.